quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Poesia (16.9)


À Brisa do Horizonte

De costas para o mar barulhento,
Que grita a minha falta,
Que deseja a minha volta,
Sigo caminhando
Rumo a um horizonte
Que me leve para longe
De águas tão turvas.

Mar amostrado;
Que devasta
Só para mostrar
Que existe
De modo que fiquemos sempre
Molhados.

Tenho em mãos meu coração
Encharcado.
Ele bate desritmado.
Coração meu verde
De esperança
Pelo próximo horizonte.

Acima de tudo, meu.
Meu para dar a quem merecer.
Melhor.
Meu para ficar comigo
Até o amanhecer
De um novo amor
De verdade.

Já que não sabe o que é verdade
O mar.
Já que meus pés já não mentem,
Nem meu olhos
Verdes como meu coração
Já estão secos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Poesia (16.8)


A Toast

To the new lovers
That have come to pass
Our lives so deeply
Dishonest.

I toast the new smiles
That will come so sadly impotent
When the truth strikes
When a word of disloyalty
In spelled.

To all the extremely high tones
Of our loud voices
That are claimed to be
The course of a new
Generation.

I toast my mind at last
For keeping me insanely attentive
To all that has occurred me since the death
Of my old self.
I toast life after death afterall.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Poesia (16.7)


Grama Verde

A campainha tocara tarde
A noite já caída,
O susto na madrugada.
Uma bomba explodira em meu peito;
Ansiedade e medo.

Cogitei minha dor,
Repensei alguns valores rapidamente,
Senti o vazio naquele cogumelo
De sentimentos.

Abri os cadeados,
Segui até o portão,
Meus pés tocando a terra úmida,
A grama verde de saudade...

Pus a voz trêmula pra fora
Questionando quem estaria ali
Do outro lado.
Do lado desconhecido da vida.
Que surpresas poderiam me aguardar.
Quis preparar minhas veias fracas.

"Eu.
Sou eu."

Poesia (16.6)


O Sorriso

Cansada se recolheu,
Perdeu seu brilho
Na imensidão do nascer
Do dia.

Perde-se em sua Revolução,
Seus méritos ardilosos
De envolver-se na vida
Das águas de outrem.

Não juro nada a esse ser
Sem brilho,
Que de boa parte escura
Escora-se mais
Do que faz por si própria.

Vazia estrada,
Sem foco
Ou orgulho,
Com algumas poesias sobre;
Algumas músicas
Abordam seu lado mais escuro
E desconhecido.

Conheço bem seu lado negro.
Sei do que é capaz,
Vivi sob a sua meia luz roubada.

Agora me desprendo da noite,
Abraço o sol cedinho
E queimo meus dedos
Em cada amanhecer
Que traz o novo
Às noites vazias.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Poesia (16.5)


I Shan’t Become What You Became

Despite all the flaws
I never pointed at you
And told you
You weren’t enough
Or you weren’t worth the fight.

I never humiliated you
Or tried to make you smaller.
I stood by you
When no one else did.
I was there
To hold your hand
When dark times
Came.

Now I need to forgive myself
For doing all those terrible things
To my own kind heart.

You’ve left with all the good
I had to offer
And all you did
Was to take advantage.

I lost myself in the unsung
Songs,
In the unwritten
Poetry,
In the untold
Words.

I shall find what I’m looking for
And I feel sorry for you
Who couldn’t value
The best thing
That you’ve ever had.

domingo, 25 de novembro de 2012

Poesia (16.4)


The Unforgettable Lover

A face I thought I’d never forget
Has faded into darkness
Throughout the days.

Your shaved beard
That I don’t know any longer
As well as your hair
So perfectly combed.

I’ve forgotten the shape
Of your face,
How you put your clothes on,
The smell of your breath
That I so deeply enjoyed,
The sound of your voice
That I’d never recognize again
In sad silly songs about me.

Our love that I so naively thought
Would never vanish;
And so it has.
And so it has at last.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Poesia (16.3)


Perto do Amanhã

O coração bate cerrado
Aquela paixão que ainda corre
Marcada
No ventre de um abraço congelado
A tortura de tantas palavras
Soltas.

Um beijo tão longo
Quanto demorado
Deixado em minha boca
Selado
Em minha bochecha
Mal acabado
Fico pensando comigo
Se seria eu o louco.

Queria estar perto de você
Colado
Ao teu pijama a noite
Caída
Sem permissão de ter-te
Sentido
Por não poder te ter
Nessa vida.

Ainda espero uma volta
Ardente
Ao que nunca começou
Entre a gente
A um beijo molhado de novo
Dessa vez
Sem música ou aguardente

Espero de novo o sorriso
E o beijo no rosto
Partido
Entre os carros da rua
Sereno
Meu rosto vendo você
Indo no longe
Tão pequeno.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Poesia (16.2)


Amordaçado

Minha poesia secara
Assim como meus olhos;
Que hoje vermelhos
Só resta agora
O apodrecimento.

Cansado
Deito atrás da porta
Ao som da vitrola
De uma outra geração
Remoendo dores
Tão novas.

As folhas caem aos montes
E os frutos já não doces
Esbugalham-se no chão duro.

Meu punho força
A poesia para fora
Mas meus dedo já não se movem,
Escrevo com os dentes trincados
A dor que já não sei se sinto;
A dor que me tornei,
A dor pela qual me apaixonei.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Poesia (16.1)

A Maior Dor

O último
Adeus.

Poesia (16.0)


The Call In The Night

My happy pillow
Was once shared with you.
Through day and night
You laid there
Staring at the dim blind
Stars.

In a previous lifetime
I could swear
That I was the only one
Who could ever picture
Such a tangible future

But the darkness that crossed
My life
Brought flesh out of my bones
And made my heart thicker.

I could have prevented that
But I was just so miserable
And all the tears you’ve cried
Couldn’t be more plastic.

So move along
And don’t call me late at night
To pretend you are happy
With the new man you love
So tenderly.
Who you have
So many new songs with.
And to show me how much
I miss you…

And to make me wonder
All the things that I always
Always
Wonder.

Don’t try to be my friend
Because you have had a chance
And you blew it like a storm.
You’re not my friend,
You’re the foe that I’ve loved
The most.

Stop bringing those memories
Closer and closer.
You had your chance of being
Happier than you could ever imagine to be.

I don’t need to be reminded
Of my biggest failure,
I don’t need you to remind me
Of yourself.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Poesia (15.9)


Converter

Quando as músicas pararem
De ter um só dono
E as vozes do mundo
Pararem de pertencer
A uma só boca
E os estranhos na rua
Pararem de ter um só
Rosto
E a calma inovadora
Parar de ter um só colo
E os murmúrios da madrugada
Pararem de chamar
Um só nome
E os cheiros do mundo
Levarem a um só pescoço
E o sexo ardente
Ser feito com um só
Esforço
E a vida lá fora
Se tornar um sorriso
Em meu rosto
Que ninguém há de tirar.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Poesia (15.8)

Mofo e Mágoa

O álbum de fotografias
Empoeirado.
Guardado tão fundo
No armário velho.

A casa um dia chamada
De lixo.
A vida hoje mal reciclada.
A esperança tentando respirar
Em meio a tanto mofo
E mágoa.

domingo, 23 de setembro de 2012

Poesia (15.7)


O Perdão Reconhecido

Meu coração se aperta
Pelas memórias erradas
Que deixei acontecer.
Memórias sujas que fazem de mim
Alguém que fez demais
Por uma vida que estava morta
Desde o começo.

Meu perdão
É o que eu  mais me peço.
Perdão esse
Que me falta
À noite
Quando busco descanso.

Queria ter me afastado
De toda essa trajetória
Imunda
Que eu fui fraco
Ao atravessar.
Fazer parte desse jogo
Onde só quem sai ganhando
É quem tem a capacidade
De não ter escrúpulos.

Deitar-me com esse passado
Nas costas
É doloroso.
Essa dor grosseira
E pesada
Se faz presente
Quando lembro que fui coadjuvante
De erros cometidos
Contra uma pessoa
Que nunca fez ou quis
Meu mal.

Venho através desta
Redimir-me desse sentimento
Encardido
E passar a pedir perdão
Aquele alguém
Que feri sem intensão
E recorrer a mim mesmo
Para que ainda haja amor
Quando não parecer haver mais
Esperança.

A orla desse mar
Não sabe onde
O mesmo já quebrou suas ondas.
Não há de saber diante de mim.

Espero que essa dor do conhecimento
Nunca corte a sua areia.
Espero que viva-se bem
Da melhor maneira. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Poesia (15.6)



Você dormindo;
Eu escorrego baixinho
E beijo sua testa
Olhando seu sorriso.

Sua voz sonolenta
Diz uma sílaba nossa
Dando a mim um sorriso
Que cobre você de amor.

Abraço você sem força,
Você se aninha nos meus braços;
Sou maior que você,
Mas o nosso amor
Sempre me fizera tão pequeno.

Um beijo na sua nuca me basta
Para sentir você comigo de novo
Para sentir seu cheiro
Para lembrar do motivos que eu tinha
Para não ir embora.

Você acordando aos poucos
Olhando pra mim
De mansinho
Beijando meus lábios
Sorrindo entre um beijo e outro.

Meus olhos vivos brilhavam
Com você de manhã do meu lado
Ou às vezes no meu ombro deitado
Olhando sempre
As velhas estrelas pintadas de azul.

Queria ver o sol nascer de novo
Nessa terra de amor.
Queria você aqui a dormir
Calmo e sonhador.
Sabendo que aquele amor não pode morrer
E onde nasce amor assim
Nunca há de haver dor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Poesia (15.5)


O Beijo Vermelho

Seu cabelo bagunçado;
Seu rosto voltado
Para a mesa.
Você olhando pra mim,
Seus sorrisos
Quietos e ainda assim
Cada um deles
Parecia um abraço
No meu peito cansado.

Suas mãos no meu cabelo
Por um milésimo de segundo
Fazendo minhas bochechas
Corarem
Em meio a tanta gente.

Não tenho razão
Para me sentir assim.

Seria novo
Se eu já não tivesse vivido tanto,
Mas não deixa de ser especial,
Talvez seja mais especial do que pareça
Pelo fato de eu já ter vivido tanto
E por saber que meu coração desgastado
Ainda bate assim
Desritmado.

Vou guardar comigo
Mesmo que nenhum futuro
Haja
O beijo colado no meu rosto
Que tão rápido se fez e desfez
Que a minha única reação
Fora levar a face
Minhas mãos frias.

E no meio da multidão
Fiquei quente.

Espero que esse seja só mais um
Dos inúmeros beijos
Que me deixaram
Vermelho.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Poesia (15.4)


Ofensa e Redenção

Declarei sagrado
Nosso amor,
Durante a noite
Em que diziamos
Que o mesmo
Havia sido deixado de lado.

Respeito suas decisões,
Atendo às suas ligações
Sabendo quem você é
Do outro lado da linha.
Tenho por você
Um carinho imensurável;
Uma preocupação e cuidado.

Ainda me sinto na obrigação
De acolher você no meu lar
Quando você pede.
Queria conversar.
Queria um ombro amigo.
Queria eu poder te dar
Isso sempre.
Mas você sabe
Que eu preciso ser um pouco
Egoísta.
Pois já tentamos ser amigos
E as coisas não foram
Por onde deveriam.

Não sei como ainda me surpreendo
Com você.
Vai ver eu não te conheço como
Deveria
Ou como penso que conheço.

Quando digo que não te amo
Digo também que não sei
Quem você se tornou.
Que isso não pode ser amor.
Já que eu tenho certeza
De que amor
Fora sentido por mim um dia.

Sua sujeira não pode
Ser deixada comigo
Toda vez que você quer
Alguém.

Digo claro e sereno
Que a cada vez que nos vemos
Mais cicatrizes são deixadas
E outras são abertas.

Vi nos seus olhos
Alguém que eu nunca tinha visto antes.
Ao menos não comigo.

Não me procure
Quando quiser meu corpo;
Isso me ofendeu
De uma maneira
Que eu pensei que nunca fosse acontecer.
O jeito como suas palavras
Rasgaram meu rosto.
Ali eu percebi
Que nada nunca mais
Vai ser o mesmo.

Desejo da porta de nossa casa
Sua mais completa felicidade.
Que chova quando você estiver com calor.
E que você já esteja distante
Quando eu encontrar de novo
O amor.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Poesia (15.3)


A Prataria Dependurada Na Leveza Do Esquecimento

Acordar
Sem lembrar das manhãs
Em que fui acordado.

Calçar meus sapatos
E não saber que você
Está ali
Limpando os seus pés
Com a meia.

Ouvir tal música
E deixar para lá
Todo o sentimento
Que um dia fora tão vivo
Ao som de cada nota.

O lado bom de esquecer
É saber que você nunca
Vai esquecer tudo.

Mas as coisas vão descansando
Uma a uma
Numa estante velha
Que com o Tempo
Você nem mais terá acesso
Pelo tanto de coisas novas
Que você ganhou
Para pendurar nas paredes.

Tenho tanta coisa nova
Para vislumbrar nas minhas estantes.
Não posso ficar
Alimentando a dor fina
De ver essas memórias,
Que você fizera questão
De amassar,
Dia após dia.

Deixarei a poeira do Tempo
Fazer seu árduo,
Porém eficiente,
Trabalho.
E seguir minha decoração
Com o passar do Amor
Que ainda tenho pelo ato
Simples de respirar.

As velhas estantes ficaram
Para trás.

Não misture o que ganhou agora
Com a sujeira de outrora.
Pense um pouco
Menos em si,
E respeite os seres humanos
Que não sabem
Dos presente que ganham
E acham que as coisas
Estão seguindo um caminho correto
Quando tudo está
Inundado com o sua falta de caráter
E a minha infeliz covardia.

Darei uma festa
Para inaugurar
Minhas novas estantes.
Recém descobertas
Na sala da minha memória.

Que sejam belos
Os momentos
Que aqui fiquem.
Que sejam sinceros
Os amores que por aqui passem.
E que seja meu
Meu coração tão
Desgastado
De tanta prataria.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Poesia (15.2)


Uma Casa Perdida Entre Os Amores Passados

Minha mente
Vaga por lugares
Que ecoam um sentimento
De calma.
Não queria estar
Eu
Em tal lugar.
Não sinto que quero
Estar bem.

Saboto minha felicidade
Ao lembrar do tanto
Que fora vivido
Sobre o manto
Da felicidade.

Há dúvida
Sobre todas as manhãs
Em que acordo sem você.
Há amor
Em tudo que eu faço
Ou penso.
Há dor
Em toda lembrança
Que compartilhamos.

A casa está vazia
Há algum tempo.
Mas eu teimo em permanecer
Deitado
Olhando as estrelhas no teto.

domingo, 2 de setembro de 2012

Poesia (15.1)


Perdidos Segundos Ingênuos

Éramos ingênuos.
Acho que a melhor definição
Para o que houve conosco é essa.
Ingenuidade.
Na pressa.
Na calma.
Na cama.
No amor tantas vezes dito
Eterno.

Pensar que um dia
As mensagens fizeram
Acelerar meu coração.
Hoje mensagens são rotina.
Não me surpreendo mais
Com as velhas novidades.
Nem mesmo com os novos
Amores passageiros.

São tantos mesmismos
Que a graça se perdeu
Quando você chegou.
Não faria tudo de novo
De modo algum.
Nem por mais amor,
Nem por muito mais carinho.
Nem pago com mais anos de vida.

Queria ter de volta
Minha ingenuidade
E meus segundos perdidos.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Poesia (15.0)


Estamos Tranquilos

A desequilibrada melancolia
Vez por outra
Bate a minha porta
Para me lembrar
Da minha quantidade de lamentos.

É difícil aceitar
O fato de que eu
Não tinha mais como fazer
Nada para mudar.
Eu mudei o que podia
E tive que arcar
Com a suas covardias
Perante a vida.
Perante o amor que fora jurado
Por tantas e tantas noites.

O pavor da solidão.
Do fim extremo.
Do fim mal resolvido.
Mal resolvido, não,
Pois não havia,
Não há sequer,
Resolução para isso.

Suas pernas bambas
Sairam de casa
Sem hora para voltar.
Sentei na poltrona empoeirada
E chorei minha vida fora.
E tive que limpar a casa sozinho.

Suas dores mudas
Buscaram no som alto
Das vozes nas festas
A voz para sair de mim.
Mas você não consegue.
Isso não é tranquilidade.

Tranquilidade.
Palavra esquisita.
Deitar tranquilo não me é
Oferecido há um bom tempo.
Arrependimentos mil.
“E se...”
“E se...”
“E se...”
Todos jogados ao vento
Em busca de uma resposta
Que não virá até que eu me permita
Ser feliz comigo mesmo
Ou sequer com o meu futuro.

Ainda não vejo sentido
Nas suas ligações
E tristezas musicais.
Mas quem sou eu
Para interromper
Um amor seu que nasce
Tão claro todo dia
No que você tem chamado
Tranquilidade.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Poesia (14.9)


Plástico e Vidro

O fardo da consciência
Que busca sempre
O abono
No conforto.

Plásticos ambos.
Que só parecem resistentes
Quando medidos
À luz da lua.

E ainda assim
Estou eu lá
Pairando como sombra.
Como brisa de um vento
Que queria soprar forte
Mas não há árvores
Para dar-lhe voz.

Sorrisos rasgam-se
Em sangue.
Rubro sangue do meu silêncio
Que guardo como cantiga de ninar
Toda noite que lembro
Que partiu da minha permissão
Toda a corja
De indelicadezas
Que hoje aturo
Com tom de brincadeira
Ao som do ódio
Que nunca tarda por vir.

A falsidade melancólica
Das minhas declarações de amor
Que não passam
De um pedaço de papel
Que boia sem rumo
Tentando enxugar
A água do mar.

O fardo da consciência
Que busca sempre
O abono
No conforto.

Medo meu
Desse eterno conforto
E da recém descoberta
De que todos os tetos de vidro
Me convêm.

domingo, 26 de agosto de 2012

Poesia (14.8)


O Sopro do Tempo

Tempo
Acalma meu coração.
Cala a tristeza recorrente.
Leva de mim
O que tanto quero
Que vá.

Acalanta minha cabeça
No travesseiro,
Tempo amigo.
Mostra que posso viver o presente
Sem ter que dar conta
De um futuro
Que ainda não chegou.

Beija meus sonhos,
Tempo vasto.
Abraça minhas decisões
Sinceras
E faz de mim
Teu discípulo.

Planta em mim
Paciência suficiente
Para te ver passar
Sem querer parar-te,
Tempo.
Planta em mim
Uma semente tua.

O melhor terreno
Para a mesma
É o meu coração,
Caro amigo.

É nele que teu sopro
Deve chegar.
E é dele  que teu sopro
Nunca há de sair.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Poesia (14.7)


And Yet I’m Still Standing

Last time we saw each other
You told me
It was not the same for you
Our magic had been gone
A while ago
And we did not have
The same connection
Anymore.

And yet you told me
You loved me.
We made love
On the same nest
That made us happy
Throughout the years.

And yet you still have
Your silly boyfriend
Believing you are the love
Of his life.

He should never know
That we,
The wrong and unnamed lovers,
Had a beautiful and yet nasty sex
On your sweet little anniversary;
Silly to think
You may believe still
Your own love can grow
And find in him
All you’ve been looking for.

Don’t lie that much,
Sweetie,
Don’t be your own fool.
Love does not happen like this
And you know that.
It has been wrong since the very
First month.
It shall not last.

Although
I won’t be the one
That’ll whisper in his ears
The bitter truth
I may blow my poetry
Among the stars
And let the pain
That’s in my heart
Find its own cure.