quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Poesia (15.9)


Converter

Quando as músicas pararem
De ter um só dono
E as vozes do mundo
Pararem de pertencer
A uma só boca
E os estranhos na rua
Pararem de ter um só
Rosto
E a calma inovadora
Parar de ter um só colo
E os murmúrios da madrugada
Pararem de chamar
Um só nome
E os cheiros do mundo
Levarem a um só pescoço
E o sexo ardente
Ser feito com um só
Esforço
E a vida lá fora
Se tornar um sorriso
Em meu rosto
Que ninguém há de tirar.

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