Estamos Tranquilos
A desequilibrada melancolia
A desequilibrada melancolia
Vez por
outra
Bate a minha
porta
Para me
lembrar
Da minha
quantidade de lamentos.
É difícil
aceitar
O fato de
que eu
Não tinha
mais como fazer
Nada para
mudar.
Eu mudei o
que podia
E tive que
arcar
Com a suas
covardias
Perante a
vida.
Perante o
amor que fora jurado
Por tantas e
tantas noites.
O pavor da
solidão.
Do fim
extremo.
Do fim mal
resolvido.
Mal
resolvido, não,
Pois não
havia,
Não há
sequer,
Resolução
para isso.
Suas pernas
bambas
Sairam de
casa
Sem hora
para voltar.
Sentei na
poltrona empoeirada
E chorei
minha vida fora.
E tive que
limpar a casa sozinho.
Suas dores
mudas
Buscaram no
som alto
Das vozes
nas festas
A voz para
sair de mim.
Mas você não
consegue.
Isso não é
tranquilidade.
Tranquilidade.
Palavra
esquisita.
Deitar
tranquilo não me é
Oferecido há
um bom tempo.
Arrependimentos
mil.
“E se...”
“E se...”
“E se...”
“E se...”
Todos
jogados ao vento
Em busca de
uma resposta
Que não virá
até que eu me permita
Ser feliz
comigo mesmo
Ou sequer com
o meu futuro.
Ainda não
vejo sentido
Nas suas
ligações
E tristezas
musicais.
Mas quem sou
eu
Para
interromper
Um amor seu
que nasce
Tão claro
todo dia
No que você
tem chamado
Tranquilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário