quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Poesia (16.3)


Perto do Amanhã

O coração bate cerrado
Aquela paixão que ainda corre
Marcada
No ventre de um abraço congelado
A tortura de tantas palavras
Soltas.

Um beijo tão longo
Quanto demorado
Deixado em minha boca
Selado
Em minha bochecha
Mal acabado
Fico pensando comigo
Se seria eu o louco.

Queria estar perto de você
Colado
Ao teu pijama a noite
Caída
Sem permissão de ter-te
Sentido
Por não poder te ter
Nessa vida.

Ainda espero uma volta
Ardente
Ao que nunca começou
Entre a gente
A um beijo molhado de novo
Dessa vez
Sem música ou aguardente

Espero de novo o sorriso
E o beijo no rosto
Partido
Entre os carros da rua
Sereno
Meu rosto vendo você
Indo no longe
Tão pequeno.

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