segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Poesia (15.4)


Ofensa e Redenção

Declarei sagrado
Nosso amor,
Durante a noite
Em que diziamos
Que o mesmo
Havia sido deixado de lado.

Respeito suas decisões,
Atendo às suas ligações
Sabendo quem você é
Do outro lado da linha.
Tenho por você
Um carinho imensurável;
Uma preocupação e cuidado.

Ainda me sinto na obrigação
De acolher você no meu lar
Quando você pede.
Queria conversar.
Queria um ombro amigo.
Queria eu poder te dar
Isso sempre.
Mas você sabe
Que eu preciso ser um pouco
Egoísta.
Pois já tentamos ser amigos
E as coisas não foram
Por onde deveriam.

Não sei como ainda me surpreendo
Com você.
Vai ver eu não te conheço como
Deveria
Ou como penso que conheço.

Quando digo que não te amo
Digo também que não sei
Quem você se tornou.
Que isso não pode ser amor.
Já que eu tenho certeza
De que amor
Fora sentido por mim um dia.

Sua sujeira não pode
Ser deixada comigo
Toda vez que você quer
Alguém.

Digo claro e sereno
Que a cada vez que nos vemos
Mais cicatrizes são deixadas
E outras são abertas.

Vi nos seus olhos
Alguém que eu nunca tinha visto antes.
Ao menos não comigo.

Não me procure
Quando quiser meu corpo;
Isso me ofendeu
De uma maneira
Que eu pensei que nunca fosse acontecer.
O jeito como suas palavras
Rasgaram meu rosto.
Ali eu percebi
Que nada nunca mais
Vai ser o mesmo.

Desejo da porta de nossa casa
Sua mais completa felicidade.
Que chova quando você estiver com calor.
E que você já esteja distante
Quando eu encontrar de novo
O amor.

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