Azul
Sentir o
calor no peito de novo;
Esse medo
tão velho
De querer
estar perto,
De querer
estar junto,
De querer
ser seu
Pelas inúmeras
Primeiras vezes.
Medo meu
bobo,
Eu sei,
Você já
disse
Várias vezes,
Medo seu, bobo...
Saber que eu,
Eu ainda
posso me sentir assim
Faz meu
sorriso tão largo,
Meus olhos
tão verdes,
Minhas mãos
tão firmes...
Contras as suas
tão doces.
Queria que
você tivesse sido
O primeiro.
Aquele que
teria me levado
Embora,
Aquele que
teria me desconstruído
De dentro
para fora.
Talvez assim
não sentisse eu
Medo.
Medo de mim
mesmo,
Medo do que podemos
nos tornar;
Por mais que
queiramos
Não sabemos –
Não temos o
direito de saber –
Desse futuro.
Esse futuro
tão azul...
Que as ondas
que um dia me levaram embora
Possam agora
Dar conta de
mim como antes.
Que essa
onda possa me trazer de volta
A felicidade
que tenho comigo,
E agora só
contigo,
A cada
instante.
A mais azul
Das felicidades.
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