quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Poesia (14.6)


Minha Hora Mágica

A beleza eterna
Da epifania.
A brilhante conclusão,
Que por mais que momentânea,
Eterna,
Do simples deter do conhecimento
De que eu posso
Sim,
Com toda absoluta certeza,
Ser feliz.

Abrir um sorriso seguido
De outro maior ainda
Todos os dias
Por simplesmente existir
E não ter a mínima vergonha,
Ou desconforto,
Por ser quem sou.

Abonar os erros do passado
Sabendo que a proposta
Que me é dada ao continuar vivendo
É a de errar cada vez mais
Erros novos.
Que trarão igualmente novos
Acertos.

Vislumbre brando
De um futuro com cor-de-tardezinha.
Aquela cor rosada que vai chegando
Engatinhando
Ao azul escuro.
Cor bela é a cor do fim.

Para se ter certeza
De que a escuridão também pode
(Por que não?)
Trazer felicidade.

Viverei a tão só minha
Madrugada
Esperando ansioso
A rachadura que o sol
Provocará
Na minha noite.
E saber que o mesmo
Não me fará cego.

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