Papéis
Dobrados e Mais Alguns Sentimentos
Revirando caixas
Revirando caixas
Deparo-me
com antigas cartas
De um amor
velado
Que tive
comigo
Até quando
achei saudável.
Lágrimas amareladas
Correram em
direção
As cartas
que pareciam
Mais brancas
do que eu.
Lágrimas velhas
Eram aquelas.
Um suspiro
profundo
Encheu meus
olhos de poeira
E dor.
Não pude
manter aquilo comigo;
Espero que eu
seja
Perdoado
Por não
tê-las deixado estar
Como estavam.
Doeria muito
Saber que em
algum móvel antigo
As cartas
estariam
Mantidas em
sigilo,
Intocadas,
E guardando
todo aquele sentimento
Que fora um
dia compartilhado.
Imagino onde
andam
As cartas
adoçadas
Que eu
mandara há muito.
Que eu
mandara até um dia desses.
A nostagia
Acerta forte
meu peito
Com nítidas
lembranças
De um tempo
Que já não
volta.
Maldigo
A tristeza
que um dia
Abalara o
que fora chamado
De amor.
Tento me recordar
Quando tudo
isso
Tivera seu início.
Quando eu
posso dizer
Que começara
O fim disso
tudo?
Talvez nunca
tenhamos
Começado.
Acabamos um
ao outro
Durante todo
esse tempo.
Ah, a ironia
de encontrar
Esses papéis
dobrados...
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