segunda-feira, 30 de julho de 2012

Poesia (13.2)


Por Entre Os Dedos

À memória solta
Se juntam as tardes
Que já d’outrora
Não voltarão.

Sem medo da morte
As memórias murchas
Suncumbem ao bravo desejo
Do Não.

Ainda comigo
Ficarão os desejos
Molhados e secos
Do nosso antigo
“Casarão?”

De modo que a bruma
Silenciosa e ausente
Chega vagarosa mas de repente
E leva de mim
O que eu um dia tive
Em mãos.

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