quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Poesia (14.1)


O Mar Que Não Sai de Mim

Dias pesados
Em que momentos passados
Vem e vão
Dando na minha garganta um nó
Muito bem atado.

A saudade mórbida
Da dor.
O sentir falta
De algo tão bom.
A saudade de sentir falta
De você.

Talvez eu esteja fadado a isso.
A viver imerso
Nessa água turva
E sem movimento.
A me contentar com um pouco
De lembrança que ainda me resta
Do que é felicidade.

Saudade não é palavra de ordem.
Saudoso é o que me tornei.
Não saudável.

Amargo é um gosto recorrente.
Da falta que não é você quem faz,
Mas um sentimento
Tão tão tão grande
Que habitara meu corpo e mente
Como nada nunca pôde fazê-lo.
Como nada nunca ousou.

Cada vez mais eu tenho a impressão
De que a dor
Ainda não acabou,
Assim como o amor,
Amor.

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