O Mar Que
Não Sai de Mim
Dias pesados
Dias pesados
Em que
momentos passados
Vem e vão
Dando na
minha garganta um nó
Muito bem
atado.
A saudade
mórbida
Da dor.
O sentir
falta
De algo tão
bom.
A saudade de
sentir falta
De você.
Talvez eu
esteja fadado a isso.
A viver imerso
Nessa água
turva
E sem
movimento.
A me
contentar com um pouco
De lembrança
que ainda me resta
Do que é
felicidade.
Saudade não
é palavra de ordem.
Saudoso é o
que me tornei.
Não saudável.
Amargo é um
gosto recorrente.
Da falta que
não é você quem faz,
Mas um
sentimento
Tão tão tão
grande
Que habitara
meu corpo e mente
Como nada
nunca pôde fazê-lo.
Como nada
nunca ousou.
Cada vez mais eu tenho a impressão
Cada vez mais eu tenho a impressão
De que a dor
Ainda não
acabou,
Assim como o
amor,
Amor.
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