quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Poesia (0.2)

Cera Comunista

E é à luz de velas
Que teço minha
Poesia uniforme e
Vomitada.

Não gosto da penumbra,
Mas como posso fazer?
O capitalismo tem
Dessas coisas.
Saciar nossos desejos
Até o limite se tornaria
Perigoso.
Tenho, então, aqui comigo,
Duas velas postas em um
Pires de porcelana.
E a eletricidade
Não mais me encontra, encanta, encerra
Pois é, o capitalismo
Tem dessas coisas...

E é ao lado de um telefone celular
Perfeitamente capacitado
Que escrevo à luz de velas...

04/10/2009

3 comentários:

  1. Interessante essa co-relação entre o moderno e antigo. Ao mesmo tempo que você, o autor, tem um telefone celular, usa velas para escrever. Rebuscado, e legal.

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  2. Bem construido.
    Consegue mostrar muito do teu potencial.
    Blog favoritado.

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  3. mais que o velho e o novo percebo a luz pungente nas sombras do capital artificial...

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