sábado, 21 de julho de 2012

Poesia (12.6)


A Vaga Torcida

E a minha inocência
Levara a crer
Que a paz voltara
Ao lar.
E a minha inconsequência
Fizera-me acreditar
Que a calmaria
Já estava por aqui.

Mas como tolo sou
Diante de tudo
Que ainda está
Por vir.

Quão de bobo
Ainda serei feito
Por amar
Como amo,
Por sentir
O que sinto?

Tentado a cada esquina.
Caindo a cada tentativa.
Esquivando-me de cada queda.
Achando comigo
Que seria fácil;
Que poderiam tranquilas
Estarem as coisas simples.

Quando então penso
De quando em quando
Vejo tudo tão claro...

Qual será o preço
Do pensar?

Torço para que a noite
Não precise escurecer mais.
Torço para que o sol
Não tarde a nascer.
Torço para que meu joelhos
Ainda aguentem mais um pouco.
Torço.

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