quinta-feira, 9 de junho de 2011

Poesia (6.5)

Uma Noite Sombria

Numa noite sombria
Em que todas as estrelas
Recusavam-se a brilhar,
Eu parei e esperei morrer.
Não fora uma morte rápida,
Longe disso...
Fora a mais lenta delas.
E eu esperei...
Esperei fazeres o que tinha que ser feito.
Não conseguia tirar o meu olhar.
Não conseguia eu desviar um centímetro.

E fui morrendo aos poucos
Quando eu deveria estar
Matando-te.
Tu merecias morrer!

Naquela noite sombria
Em que todas as estrelas
Recusavam-se a brilhar,
Eu devia ter parado para te matar um pouco.
E não seria uma morte lenta,
Longe disso...
Seria a mais rápida delas.
Mas eu esperei...

Eu fui covarde,
Eu estou sendo covarde,
Por ter te deixado matar-me.
Por ainda morrer ao lembrar
Daquela noite sombria
Em que todas as estrelas
Recusavam-se a brilhar.
E ainda lembro os sorrisos,
Os teus movimentos,
As mãos de ambos dançando.

E eu fui mais covarde ainda
Por ter me deixado morrer pelos olhos,
Por ter te dado de presente minha lágrimas,
Por ter sido imensamente fraco.
E ainda por cima
Ter tido aquele último abraço
Negado.

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