quarta-feira, 8 de junho de 2011

Poesia (6.2)

Poesia Derramada

Teço minha poesia em sangue.
Teço-a em exagero.
Em grandes honras as faço.
Com enormes sentimentos que sinto.
Que me dizem dramático e desnecessário.
Mas assim e somente assim
Sei escrever minha poesia
Minha.

Se não com sangue
Prefiro não tecê-la
À cuspe ou vômito.
Não seria minha.
Não seria eu.

Quando escrevo não quero
Nem preciso me esconder.
Não há essa necessidade.
Então se meu sangue te enoja
Não pare teu mundinho
De falsidades e ilusões
Para ver meu sangue derramado.

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