quinta-feira, 10 de maio de 2012

Poesia (9.8)


É Preciso Que Duas Bocas Se Encontrem Para Que Haja O Beijo

Ele não é meu.
Talvez nunca o seja.
E muito menos já o fora.
Aquele beijo ébrio
Trocado em meio a palavras
Balbulciantes
Não significara nada.
Para ele.

Ele nunca há de saber.
O que aquele beijo
Significu para mim,
Ficou comigo.
Trancafiado à força,
Jogado no fundo de um baú sujo
Que trancado guarda todos os beijos
Que nunca foram dados,
E até aqueles que não deveriam ser dados,
E principalmente aqueles que não deveriam ter sido dados.

Esse beijo,
Como tantos outros,
Eu vou guardar comigo
Já que o dono daqueles lábios
Nunca será meu.
Mas esse beijo
Eu vou guardar;
Comigo.

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