sábado, 2 de junho de 2012

Poesia (10.8)


A Queda

E eu caio.
Como se nunca tivesse caído antes
E o chão fosse novo para mim.
Arranho os joelhos
E sangro
Como se nunca tivesse
Sarado.
Aperto o barro do chão
Que se esfarela
Entre meus dedos.

Mordo a boca com força
Pensando e pensando
Se minhas quedas
Serão frequentes.

Choro.
Desespero bom esse
Que vem e vai
Mas quando vem
Parece nunca querer sair.

E de tombos em tombos
Eu venho andando
Desde que o contrato
Fora cancelado.
Queria eu
Nunca tê-lo assinado.

E essas quedas só me ensinaram
Uma coisa:
Que cair
É o primeiro passo para se levantar de vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário