terça-feira, 19 de junho de 2012

Texto (0.1)


Amar Como Eu Amo

Amar como eu amo hoje é mais do que nunca aceitar o passado. É saber que tudo que aconteceu de bom não volta; ainda bem. Cada lágrima derramada por esse passado guarda em si a esperança de um futuro. E saber que o futuro guarda tanta coisa nova e boa, não tinha como não me fazer chorar.

Amar como eu amo é cada vez mais saber que o meu amor é meu. E o que tiver de sobras e excessos são dos outros. Não resto. Resto é o que não nos serve mais e queremos passar adiante quase que como lixo. Mas o que tiver de excesso de amor, e eu sei que tem muito, não pouparei em gastar com quem merece.

Amar como eu amo é ter a certeza de que todo dia eu posso me deparar com uma vida nova ao atravessar a rua, ao dobrar a esquina para ir pro trabalho. É ter a esperança de que tudo terá seu tempo de acontecer, e que, por mais que doa, nem tudo será felicidade e alegria.

Amar como eu amo é simplesmente amar. Tendo no horizonte o foco e a sabedoria que as estações mudam, e por mais frio que esteja fazendo nesses dias chuvosos e cinzas, as manhãs seguintes virão bronzeadas de alegria.

Amar como eu amo é aprender a aceitar o que vem de bom, e se revoltar com as coisas ruins, e sempre, sempre, sempre, querer mudar. Amar desse jeito é o oposto da estagnação. É a reciprocidade pura. É ter o conhecimento do outro. E nesse conhecimento, ter a sensatez de julgamento para toda e qualquer ação.

Amar como eu amo é saber que meu coração está aqui, em mim, mas que tem um pedacinho dele em cada pessoa que já sentiu meu amor alguma vez. É ter a certeza da melhora, e ver o prazer agridoce na dúvida do amanhã.

Ainda bem que eu amo assim e nunca hei de me arrepender disso.

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