sábado, 16 de junho de 2012

Poesia (11.2)


O Novo

Aquele rapaz
Deve ser feito
De sinestesia.

Meus olhos viam o gosto
Da sua pele morena.
Eu ouvia os cheiros
Como se eles falassem comigo.
Mordia sua boca e escutava
Seus dentes sugarem o ar.

Seu perfume na minha pele
Deixando um rastro
Pela minha cama
Toda.

Meus olhos
Como o Novo disse
“Irresistíveis”.
Não sei se o são
Mas naquele momento
Eles o eram.
E nós fomos.

O Novo veio,
Enfim,
Deitar em meus braços
E ver estrelas.
E pela primeira vez
Elas brilharam
À luz do sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário