sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Poesia (8.5)

Silêncio

Silêncio gritado
Expurgado da minha garganta.
Como quem briga,
Como quem fazer uma rebelião.

Silêncio estranhado.
Máscaras velhas,
Arruinadas.
Máscaras cansadas,
Sonoras, estardalhantes.
Escandalosas e falsas.

Máscaras emprestadas
Ao longo do tempo
Que se confundiram com meu rosto.

Mas o silêncio é meu.
Sou eu quem grito essas palavras caladas.
É minha garganta que se cansa de tanto silêncio.

Minha voz me foi roubada.
E eu não tenho interesse de procurar seu ladrão.
Não tenho a mínima vontade de recuperá-la.
A mínima vontade de ter minha voz de volta.
Quero ficar calado.
Sentado.
Parado.
Esperando
Minha voz achar seu caminho de volta
À minha garganta.

Sim.

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