quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poesia (8.2)

Noite Opaca

Noite opaca.
Estou deitado à sombra de uma árvore,
Estou deitado à sombra de uma esperança,
À sobra de um querer,
À sobra de uma dúvida
De um sol que está incerto
Sobre o seu nascer.

Estou imerso nessa noite,
Imerso em mim e à sobra de uma vida que tive.
À sobra de um sol que me ofuscou por muito
Mas nunca me aqueceu.

Faz frio aqui.
O vento passa rasgando meus lábios,
Estremecendo meus dedos.
Estou cego
Deitado à sombra de um eclipse eterno.

Deitado em meio a vozes
Que me dizem tudo
Menos o que eu realmente preciso ouvir.

Mergulhado nessa água turva
Inquietantemente poluída
Eu me debato.
A água não se move.
Não há ondas nessa sombra.
Não há mais ondas em mim.
Não há sequer movimento.

Um comentário:

  1. putaquepariuseuporra!!! vai ser bom assim na pqp! so nao chorei pq tou acordei meio apática. te amo coisa linda :) (Clarinha- nao tenho perfil)

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