quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poesia (8.3)

Ciclo da Chuva

Uma noite inesperada;
Uma semana corrida;
Uma coruja molhada;
Um pedido sem saída.

Um ano, dez meses e uma vida.
Separados por tantos,
Unidos por poucos.

Continue andando, meu amigo,
Que a vida é pouca
E o amor é muito.

Não posso lhe dar minha mão
Se você não quiser minha vida,
Pois junto com tudo
Vem antes
Meu coração.
Deixei meu Parnasiano em seu retiro.
Trouxe ou, até mesmo, veio comigo
O mais ultra dos meus Românticos.
E é ele que toma as rédeas aqui.

Foi o meu Romântico
Que fez chover
Quando precisávamos de água.
Foi ele quem te deu aquela coruja encharcada
E é ele quem chove nas noites caladas.

Não espere nada mais do que isso
Pois de mim não terás.
Senta-te quieto na escadaria do antigo
Lugar sagrado
E chovas tuas lágrimas
Em cima de coco e prata
Pois minhas chuvas não mais
Molharão teus pés.

Nenhum comentário:

Postar um comentário