quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poesia (2.9)

O Fim Por Fim

Como impedir que uma tragédia iminente aconteça?
Como parar o tempo?
Ou até mesmo voltá-lo?
Você está morrendo dentro de mim e não há o que você
Possa fazer para impedir que isso aconteça.
Você está morrendo. E não há nada que ninguém possa fazer...
Queria poder salvar você de morrer.
Mas você está vivo.
E eu vivo em você.
Mas quando você morrer em mim
Não vai haver mais nada que se possa fazer...
Nada resolverá.
Você era tudo pra mim.
Você era o que me fazia querer acordar de manhã.

Juntos nós éramos ilimitados...
Mas hoje não há mais um “nós”.
Há um eu.
Um você.
Um eles...
E eles...
A culpa também não é deles.
A culpa não é de ninguém.
Culpe a si mesmo se quiser.
Eu não sei pôr a culpa em quem eu não acho que merece.
Juntos nós éramos ilimitados.
E hoje é melhor voarmos sozinhos.
Talvez voemos, enfim, livres...
Livres de nós mesmos...

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