sábado, 30 de julho de 2011

Poesia (7.8)

Duzentos e Sete Ventos

Talvez o erro tenha sido meu.
De ter gritado minha dor aos duzentos e sete ventos
E ter quisto que ela fosse abraçada
Por todos que estavam ali.

E agora eu tenho certeza que a culpa
Foi de fato minha.
Por ter extasiado do meu corpo
Toda essa dor
Que tantos abraçaram.

Mas o que fazer com essa felicidade?
Os ventos que ouviram minha dor
Deram as costas
Para qualquer sentimento
Que pudesse sair de mim.

E agora pensam que só há dor em mim...
Mas não...
Há em mim um leito de felicidade
E uma felicidade latente
Sobre um futuro
Que por mais incerto; meu.
Desejo que os ventos ouçam meu grito de euforia
E saibam que a dor se foi;
Há de voltar;
Mas não mais gritada.

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