sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Poesia (7.9)

O Ridículo Pensamento

O ridículo pensamento;
Aquela tentativa turva
E saqueada de tentar explicar,
De tentar racionalizar
O que sinto.
O que não minto no meu íntimo.

E aquela posterior mudança de pensamento:
Por onde anda aquele amor todo?
Perdido titubeando por ruelas de luzes amareladas.
Zombando de mendigos.
Terminando garrafas de aguardente em minutos.
Montando em muros,
E os cavalgando
Como quem os rodeia,
Como quem os domina.

Até quando essa esperança vai ficar
Atrelada a minha mão
Tão fortemente
Que a dor dela me cega?

Esperança que não me deixa ver dois palmos
À frente do meu nariz torto,
Torturado.
Esperança que mostra uma menina pequena
De olhos puxados
Segurando minha perna
É a mesma esperança
Que mostra meus olhos sangrando.

Por quanto ainda esperarei
Até que entre uma viela e outra
Meu amor encontre
Minha esperança
E que se entendam sem precisar de palavras
Para explicar como as coisas devem ser?

Nenhum comentário:

Postar um comentário