sexta-feira, 8 de julho de 2011

Poesia (7.6)

Celado

A cela está aberta
Mas eu me recuso a ir.
Optei por permanecer aqui.
Guardando meu lugar
Nesse cárcere.

Lembro-me de ter gritado,
Chorado,
Ameaçado muitos,
Para que me tirassem daqui.
Lembranças longínquas hoje
Que não mais me tocam
Com seus dedos.

Nunca me prenderam.
Pedi para ser guardado.
Mantido aqui,
Aquecido no seu amor
Precipitado.

E aqui permaneço;
Sem querer sair
Da minha prisão carinhosa.

A porta está aberta
Mas quem está fechado sou eu.

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