quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poesia (7.5)

O Balanço Vermelho

Este eterno estado inerte
Está sempre
Puxando o melhor de mim;
Para um lado
E para o outro.
Como um balanço débil
De uma criança cega.

Perdido em meio ao verde
Em meio ao vermelho.
Perdido dentro do vermelho.
Vermelho sem saída.
Vermelho roxo;
Troncho.
Envergado como minha coluna exausta.
Quebrado como meus dedos calejados.
Vermelho cruel.
Vermelho da paixão,
Do ódio,
Do amor,
Da dor.
Vermelho.
Vermelho que não me deixa
Ver melhor.

A eterna dúvida
De um amor vendido,
Trocado.
Onde estarão meus feijões mágicos?
Aonde iriam me levar?
Não sei onde estou
Então não importa que caminho seguirei
Já que tenho dentro de mim
Todas as dúvidas do mundo.
Queria ter de volta
Todos os sonhos.
Mas eles se perderam.

Então continuo seguindo esse vermelho.
Nesse balanço sem fim
De inércia sofrida.
Esperando o dia de parar e descer.
Esperando por fim
Não cair.

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