segunda-feira, 8 de abril de 2019

Poesia (29.4)

o intransponível

cascas de mim lambem de sangue
o caminho outrora vermelho-goiaba.

há fim por todo canto.

nenhuma rosa leva nenhum vento
quando não há mais nada a ser semeado.

as direções estão esquizofrênicas;
quase sempre
deságuam na boca do meu estômago.

de vazio em vazio
mastigo dentes
aqui meus,
acolá
desconhecidos.

finda dança
agora
amanheço como quem noita.

surto súbito
finaliza,
conclui,
destrói,
e esfria
todo carinho
agridoce.

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