sexta-feira, 6 de julho de 2018

Poesia (28.2)

jornada vertical
ou
o primeiro 'basta' 

lanço âncoras a mim.
metafóricas, claro,
já que me rasgaria todo.

tropeçando aprendo a olhar o chão.

a estrada que governa
tem sua bússola
fincada nos meus antebraços.

subjuntivo de mim
rogo frouxo aos traçados,
ancestralizo humanidades,
avisto nortes
e vejo-me sóbrio.

que faça-se luz e calmaria.
ebriedade subjetiva.
que faça-me bem.

água revoltas
chacoalham toda dúvida
outrora certeza.

que baste-me eu.

podo árvores amistosas:
frutos do jardim tão quisto,
frutíferas manifestações do afeto
familiar.
tenras proximidades.

bastam-me eus.

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