terça-feira, 21 de março de 2017

Poesia (25.4)

Limítrofe

Eu sou sempre
Aquele que fica,
Aquele que teme o novo
Enquanto salta desgovernado.
Encontro-me enquanto corro.
Fico por querer viver;
Por ter me tornado rio de mim mesmo.

Vão-se os rapazes no vento,
Ficam as poesias na nuvem,
Vão-se os amores de verão,
Ficam os beijos no pescoço,
Vão-se os rapazes no vento,
Fica meu amor por mim;
E esse não é daqueles
Que há de se ir.

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