terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Poesia (24.4)

Eles

Tantos poucos foram
Que conto nos dedos
Das mãos que me apertaram
O pescoço e lábios.

Repetiria os beijos todos,
Os dados e os desejados.
Os sonhados não,
Os sonhados estão na gaveta
Juntando poeira e dançando
Juntos às meias sem par.

Escreverei e escreveria
Todas as cartas de amor,
Todos os poemas,
E todos os nós na garganta
Que se assinam
Com a vontade de lembrar.

Imaturidade ou desespero,
As estrelas,
O destino.
Tenho certezas em vida.
Amei demasiado aqui e ali.
Dedico a esses amores
Os calafrios que as borboletas
Insistem em pincelar
Em meu estômago.

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