Oscitação das
Borboletas
Perdem-se
Na mansidão de minhas
orelhas.
O sono que vem
Desdobra-me.
Sinto pele,
Chão,
E frio principalmente.
Desfrutam das horas
Emudecidas e pasmas.
Calou-se o vento
dantes mesmo
Dos soluços das
árvores.
Calo-me em círculos
Que ondulam vozes.
Mordo dentes
Sórdidos
Dentre palavras.
Vejo relampejo de
nomes.
Tremores atingem-me
Sem pudor.
Desavisadas águas
lambem
Minhas bochechas.
Caio em choque,
Resta no sangue
O esmero de outrora
E um ardor.
Desprovidas de espaço
Esvoaçam as cortinas
Do meu estômago.
Calo meus bocejos.
Seguem desatinas,
Morrem-se no vento
Fracas e sem destino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário