terça-feira, 25 de outubro de 2011

Poesia (8.9)

Névoa

Se você soubesse
O mal que você me faz
Quando não me responde rápido,
Quando não me trata com carinho,
Quando finge que tá tudo bem.

Quantas vezes eu já não chorei sem querer,
Perdi o apetite,
Noites sem dormir.
Quando eu penso que estou feliz
E que as coisas não poderiam estar melhores
Um simples olhar seu
Ou um silêncio
Me quebra
E me vira em lágrimas.

Me odeio por amar você.
Odeio o besta que eu sou
Perto de você.
Cada pedaço de amor
Parece não valer de nada.

Uma montanha russa inerte
Que não para de fazer o mesmo movimento
Sempre e sempre.

Desejo enfiar minhas garras cegas
No meu peito demente
E arrancar;
Dilacerar
Todo o amor que sinto,
Todo o amor que não minto,
E poder ser leve
E poder ser névoa de novo...

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