sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Poesia (8.0)

Rosa Aos Ventos

Ando demasiado preocupado
Com o que ando carregando comigo.
Que conteúdo é esse
Que me tem por inteiro
E que não me deixa ser?
Paro por segundos
Calados.
Penso no que meu cérebro sequer
Consegue formular em palavras pensadas.

Do que carrego
O que é meu?
O que é de mim?
O que é verdade?
O que está precisando ser podado?
Até que ponto eu posso podar o que carrego
Sem me cortar no caminho,
Sem destruir o que eu sou?
Como matar o veneno sem esfacelar a rosa
E deixá-la ir com o vento?

Então quando
Conseguirei eu procurar nos ares
Minhas pétalas?
Minhas pélatas por fim minhas
E por fim puras?

E onde colocarei tanta pureza?
E o que fazer com o temor,
Hesito e penso numa vontade de deixar-me
Ao vento?
Seria mais fácil perder-me de vez?

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