domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poesia (5.2)

Lágrimas

Lágrimas derramadas em vão.
Gotas de sangue que saem de meus olhos
E correm de encontro ao chão.
Pequenas partes de mim
Que deságuam no linóleo frio.
Lágrimas choradas em vão
Lágrimas que não valem
O esforço árduo de minhas têmporas gastas.
Lágrimas que por vezes
Como asas
Levaram-me longe.

Lágrimas não choradas por mim.
De um sofrimento languido e frio.
Lágrimas choradas no calor
Da discussão mórbida.
Lágrimas de um amor.
Lágrimas mortas que por vezes não descem
Que por outras vezes me enchem a face
Que sempre me fazem pensar
Se alguém as merece.

Lágrimas que eu quero de volta
Lágrimas que nunca deviam ter ido embora
Lágrimas que me pertencem;
Revoltas e sujas hoje
Mas ainda assim
Minhas.


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