sábado, 29 de janeiro de 2011

Poesia (5.1)

Desarmado

Não mais luto.
Não mais me mexo.
Não mais vivo como vivia.
Estático e imóvel me encontro;
Desarmado sem nenhuma esperança.

Cansei dessa luta,
Dessa luta eterna.
Cansei de lutar pelo que não é meu.
Pelo que não é só meu.
Por esse país em que vivo
Às lágrimas.
Por essa terra que me faz ter fome.
Por esse povo que me olha com desprezo.

Joguei longe minhas armas;
Desarmei-me.
Cansei de lutar.
Desisti dessa guerra.
Meu estopim pode ser culpado
Mas nunca minha força.
Por mais que tenha sido eu
Que tenha começado todo esse derrame de sangue,
Não fui eu que cortei a garganta de ninguém,
Pois desarmado estou.

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