segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Poesia (4.7)

Peito

Não bata.
Não faça nada.
Não se mova.
Não me dê esperanças.
Não me deixe vivo.
Não me queria bem.
Não me faça querer-te bem.
Não bata, por favor.

Não quero teu sangue
Nas minhas veias sujas.
Isso me faz mal.
Contradiz tudo que eu faço.
Não quero estar vivo.
Não quero estar estável.
Quero estar morto
E mutável ainda assim.

Voltar no tempo
E achar que era feliz.
Me arrepender de ter deixado você bater.
Não posso.
Não posso permitir que você estrague meu mundo.
Não vou deixar que o meu coração
Bata pra mais ninguém.
Porque ele já encontrou o ritmo certo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário