segunda-feira, 9 de abril de 2018

Poesia (27.7)


olência 

o cheiro do silêncio
que emana das cascas
traz ao nariz
a vontade de estar apenas.

maleabilidades à parte,
segue-se espreitando
no aguardo de mais notícias.

faleceu ali;
porta fechada.

funga o outro lado
da metade que lhe falta
sabendo das cores
com as quais sempre pintou
suas camisas:
veste as águas todas;
insiste em chover aos moldes antigos,
permeia-se sobre si
e dorme
enquanto o amanhã não chega.

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