terça-feira, 19 de agosto de 2014

Poesia (20.4)



O Mágico

Estava frio,
Minha pupila dilatada
Via outro mundo.
Sem tantas cores;
Tão sujo.

A sujeira espalhada no chão,
Nas pessoas perdidas
Clinicamente mortas.

Então a cor.

Veio de trás da minha orelha,
Borrou o mundo colorido
Agora expressionista,
E soluços vieram;
E meu tenro amor
Esquentou-se com o fogo
Que uma única rosa
Poderia causar.

Há de murchar,
Mas não há de morrer.

Guardada num livro há de ficar
Enquanto meu sangue rosa
Em minhas veias
Correr.

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