sábado, 29 de março de 2014

Poesia (20.3)



Gavetas

Angústia guardada de um amor
Vivido.
Incerto futuro
E arrependido passado;
Minha história contada,
Meus contos revirados,
Minha fala cansada,
Meus olhos lavados.

Do que manda ou desmanda,
Daquilo que deveria ser
Mas acabou não sendo,
Daqui que foi
Mesmo sem ter muito tempo.

Minhas mãos trêmulas.

Do lado de cá do peito
Uma gaveta apertada
Que guarda quieto e sem jeito
Uma vida desregrada.

Mas não só de lembranças sou feito
E talvez vá-se indo melhor
Toda essa história
Mal contada
Melhor que guardar na gaveta
Essa eterna culpa
Velada.

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