Corrida Viva
Não há forças que me façam
Não há forças que me façam
Por um mero
segundo
Comprar uma
briga tão velha
Quanto essa
da razão
E o do que
ainda resta
De coração
em mim.
São passos
mal dados
Em direção
alguma
Com medo de
tudo
Querendo
estar parado
Mas odiando
a situação estável
Querendo
correr
Mas os pés
descalços não permitem
A corrida;
Não se corre
de pés descalços,
Não há tempo
de ver onde se está indo.
Mas a
euforia toma conta de tudo
E o vento
empurra minhas costas
Até a dor
quando vem
Não é
sentida
Pela
adrenalina da corrida que toma conta
Do meu rosto
vermelho.
Mas não se
corre pra sempre,
Não estarei
correndo a todo momento.
Quando paro
E vejo meus
pés ensanguentados
Vejo minhas
pegadas atrás de mim
Vermelhas,
Molhadas,
Rogo poder
voltar
E caminhar
normalmente.
Mas sou eu.
Ainda sou
eu.
E não sei
fazer outra coisa
A não ser
Correr
O mais
rápido que posso.
Então eu
corro.
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