terça-feira, 25 de junho de 2013

Poesia (19.2)

Do Nosso Amor

Da saudade que dá
Da falta que faz
Do silêncio que ficou
Dos beijos longos
Dos abraços demorados
Do vento frio no meu rosto
Dos morangos adocicados
Da tua barba no meu pescoço
Da tua cara de sono
Dos recados no vapor
(Escrevi que te amava
No vidro embaçado
Antes mesmo de dizer-te
Dei tantos sorrisos abobalhados)
Do aperto que machuca
Desses dias que não passam
Dessa dor fina e contínua
(Que só vai embora
Quando eu te tiver comigo
Sem prazo de validade)
Dos meus pés frios
Do aconchego do teu colo
Das caminhadas na calada da noite
De ter você como cobertor
Do nosso amor que não tem fim
De você
Que nunca há de sair de mim.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Poesia (19.1)

Weaknesses

A red explosion
Rides my mind
And as it leaves my veins
It gets to my eyes
And ears.

In me
Only the deep and loud desire
Of love
Remains.

Cannot hold my pulse,
My arms are weak
But I was once said to
That no poetry shall come
From strength
And only my weak wrist
Can write so properly
About such love
That makes me wonder
What should I wait
To see it as concrete as it feels.

When I lay weak 
In such arms
I shall say
That love has made me
The weakest one
Because
No other place
Shall feel
As weak and vulnerable
As once did love.

domingo, 9 de junho de 2013

Poesia (19.0)

2709

Longe.

Do meu coração que reclama,
Do meu corpo que pede você,
Dos meus carinhos
Que feitos calminhos
Com as pontas dos dedos
Fazem teu peito
Correr.

Estás longe.

Das verdades do meu amor absoluto,
Dos meus lábios que querem te beijar
A todo minuto,
Do meu pescoço
Que grudou na tua boca
Sem permissão.

Perto.

Da minha voz quieta e impaciente,
Das minhas desculpas sinceras
Pelos meus erros bobos
E inconvenientes,
Da minha vontade de atravessar o mapa
Pra te ver como nunca
Tão contente.

Estás perto.

Da minha mente insana
Que só contigo consegue
Ver a vida mais
Plena,
E mesmo achando eu
Minha vida tão pequena
Não quero mais ninguém
A não ser tu
Ao meu lado
No cinema.

Meu perto-longe.

Não hesito nesse amor tão novo,
Que quero mais perto,
Que quero de novo e de novo.
Deixemos longes os medos,
Tragamos para perto os acertos,
E nesse amor que amanhece
Quero ver contigo de perto
Um menino pequeno
E um futuro
Mais que certo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Poesia (18.9)

Meu Amor

Meu Amor é maiúsculo;
Não pode ser escrito
De outra forma
Ou descrito
Menor.

Meu Amor
É centrado e grande
Mesmo sendo eu
Tão desvairado
E você
Tão pequeno
Ao meu lado.

Meu Amor tem aquele gosto
De novidade
Mesmo que sejamos
Velhos e gastos
Para nossa pouca idade.

Meu Amor quer ganhar o mundo
E ter filhos,
Quer comer mais tortas de morango
E dormir sentindo seu perfume,
Quer acordar com você me olhando bobo
E passar o dia no teu colo.

Meu Amor é maiúsculo
E nada menos que isso,
Já que hoje aprendi
Que nesse Amor
O nosso Amar
É suspirar junto.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Poesia (18.8)

Os Suspiros Causados

Meus olhos se abrem
E não mais se fecham
Por nenhum segundo.
Meu nariz puxa o ar agradável 
Que você tem a sua volta.
Meus pulmões inflam.
Minha boca se desdobra
Em sorrisos bobos
E amáveis,
E vai se rasgando até a sua,
Que extasiada de felicidade,
Sorri de volta.

Ter a certeza de que você é a causa
Dos meus suspiros futuros
Deixa tudo quente
Como a água aconchegante
Que eu insistia em achar
Quente demais na sua cidade fria.

Você traz às minhas segundas-feiras trágicas
Um clima das sextas no parque da praia
Onde o frio bate meu rosto
Mansinho
E você bate a mão junto minha
E nos damos as mãos por alguns segundos.

Acordar com você me olhando
É o mesmo que receber um elogio,
E sou eu quem coço meu olho esquerdo
Tendo certeza
Que ter você aqui comigo
É o mais lindo elogio.

Não há motivo melhor
Para suspirar

Do que o nosso amor.