terça-feira, 28 de maio de 2013

Poesia (18.7)

O Som de Dentro

Vasculho meus ouvidos
Tentando lembrar
Quem sou.
Não sabem...

Cada som trazia
Um diferente momento
Do coração.
Um rufar alto
Nas minhas veias.

Músicas tão antigas
Que ao tocadas
Sapateiam
No meu coração
De hoje.

Barulhos distintos
Que quando juntos
Somam minha dor de outrora
Na mesma dor de agora;
Ou trazem o sorriso bobo
Sem motivo
A não o existir da vida.

Rego minhas noites
Com melodias disformes
Que fazem de mim
Também um melodia:
Fora do passo;
Mas que ao ouvida
Toca fundo os olhos
Com lágrimas,
E mesmo despretensiosas,
Serão lágrimas de vida.

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