sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Poesia (17.1)


Ser Humano

Ao que me cabe
O desejo do ser
Não do estar.

Da pele fraca
Que transcende tudo
Quando está completa,
E completada só por dentro,
De gente.

Do meu papel
Que requer
Voracidade
A cada salto
E queda.

Designado quando menino
A rir frouxo
Dos elefantes,
Que açoitados por tantos,
Só querem se ver livres
Dessa sala de estar
Contínua
E ignorante.

Em cada curva
Ser homem
Só de carne feito
E com alguns ossos
Que segurem o viver.
E quando sobrarem,
Alguns ossos,
Para que me lembrem
Homem
Em meu eterno vínculo
Com o saber.

No que me cabe
Ser humano
Eu julgo importante
Mais o ser
Do que o estar.

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