quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Poesia (23.9)

Te Quiero

Teus olhos,
O caminhar,
O entardecer,
Os artistas de rua,
Teu sorriso,
Tuas mãos ao ritmo da música
Em palmas melódicas.

Meu sorriso tonto,
O bar aconchegante,
As cervejas,
Os sabores distintos
Que se misturavam com teu riso fácil,
A mudança de mesa,
Mais cervejas,
Sabores regados a elogios rubros.

Minhas mãos frias,
Teu incrédulo riso,
Tuas mãos,
As minhas,
Por baixo da mesa;
O carinho.

O silêncio regado à olhares.

Teus lábios,
Meu coração descompassado,
Teus elogios ao meu beijo,
Nossos beijos,
A última cerveja.

As ruas desconhecidas,
A arquitetura enaltecida,
Mãos dadas.
Beijos dados.
Meu coração fraco
Já se perde nas palavras,
Nas estrelas que estudas,
Nos passos tortos
Que terminam em esquinas e beijos.

O parque,
As horas de conversas que ondulam minha memória,
A amarga ameaça de um possível fim ao que chamo de melhor sonho.

Teu pescoço,
Meu pescoço,
Teu rosto que reflete tudo que sempre quis.
O Te Quiero.
Meu coração para.
Meus olhos contém todas as estrelas que vistes.
Quero que tu faças parte da minha vida,
Por um momento,
Por essa noite;
Enquanto brilharem estrelas no céu.

Os poetas que nos descreveram,
Os olhos de ciclope,
Teu respirar no meu,
Meu colo todo teu.

O nosso caminhar,
O quarto desconhecido,
O cafuné.
O entrelace de vozes,
Lábios,
Pernas.
Tuas palavras doces,
Salgadas,
Dizem que gostas de mim,
Dos meus beijos,
Da minha pele que envolve teu corpo todo, mesmo que mais alto.

O encaixe dos sonhos,
Dos corpos,
Tua cabeça no meu ombro;
Descansam as estrelas agora.

Os últimos beijos,
O adeus agridoce,
A melhor noite da minha curta vida.

As saudades que só meu coração brasileiro conhece
Dobram-se no teu cheiro que ficou
na minha camisa.
As saudades plurais
E as memórias inefáveis que hão de permanecer guardadas em mim
De quando teus olhos disseram
Te Quiero.

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