sábado, 24 de janeiro de 2015

Poesia (21.4)



Às Suas Mãos

Acordo sensível,
Excitado,
Com o peso do mundo
Nas minhas costas
Descansadas.

Não te reconheço.
És aquilo que talvez
Tenha eu idealizado
Por muito,
Mas realmente lutado por
Raros tempos.

Nos conhecemos
Uma vez num sonho;
És o respingo de realidade
Que meu coração pede.
Que minhas mãos sabem,
E como sabem,
Achar o caminho
À tua perna.
Sinto tua calça jeans
Áspera contra meus dedos,
Teu braço envolve meu pescoço
Como um cachecol agasalha no frio.

Sentamos para conversar,
Ao redor não olhas;
Não nos preocupam.
Somos dois quaisquer
Sendo os mais importantes.

Teu rosto ainda não tem a forma
De rosto qualquer
Que tenha assentado em terra,
Serias meu coração?
Desejo?
Minha contínua vontade pelo novo?

Então teu beijo.
Boca pequena
Que se desenvolve sobre a minha;
Mãos ágeis
(Desconhecidas!)
Que desnudam meu rosto.

Quem és?
O que queres de mim
Nesse mundo de fantasias?
Não sabes quem sou?

Talvez nos conheçamos
De outros sonhos;
Então, 
Por favor,
Sinta-se em casa
Nos próximos.

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