sábado, 29 de março de 2014

Poesia (20.3)



Gavetas

Angústia guardada de um amor
Vivido.
Incerto futuro
E arrependido passado;
Minha história contada,
Meus contos revirados,
Minha fala cansada,
Meus olhos lavados.

Do que manda ou desmanda,
Daquilo que deveria ser
Mas acabou não sendo,
Daqui que foi
Mesmo sem ter muito tempo.

Minhas mãos trêmulas.

Do lado de cá do peito
Uma gaveta apertada
Que guarda quieto e sem jeito
Uma vida desregrada.

Mas não só de lembranças sou feito
E talvez vá-se indo melhor
Toda essa história
Mal contada
Melhor que guardar na gaveta
Essa eterna culpa
Velada.

terça-feira, 25 de março de 2014

Poesia (20.2)



Cardiac Arrest

My heart has been beating to
A different set of drums lately.
Inexplicable as it may sound
No idea comes to mind
When deep thinking is put
Through my useless conscience.

Little do I know
On heart issues
(Or specificities
Should I better name
Them)
And less even do I wonder
About each hug given
On stage.
Each of those two hugs
That so distant seamed
But so warm made my heart.
Love is not what moves me,
Dare I to know what is then.

Just sure of my heart
I am
And how brave it remains
Even being stuck
In such a small cage
That is my chest
Just of my heart I am sure
And just of his pain
For being told what to do
And whose oxygen should he drain.