terça-feira, 28 de maio de 2013

Poesia (18.7)

O Som de Dentro

Vasculho meus ouvidos
Tentando lembrar
Quem sou.
Não sabem...

Cada som trazia
Um diferente momento
Do coração.
Um rufar alto
Nas minhas veias.

Músicas tão antigas
Que ao tocadas
Sapateiam
No meu coração
De hoje.

Barulhos distintos
Que quando juntos
Somam minha dor de outrora
Na mesma dor de agora;
Ou trazem o sorriso bobo
Sem motivo
A não o existir da vida.

Rego minhas noites
Com melodias disformes
Que fazem de mim
Também um melodia:
Fora do passo;
Mas que ao ouvida
Toca fundo os olhos
Com lágrimas,
E mesmo despretensiosas,
Serão lágrimas de vida.

domingo, 19 de maio de 2013

Poesia (18.6)


Dark Red Path

Walking my red road
I’ve found it all,
I’ve done it all,
I’ve had it all.

Nothing can surprise me.
All my ways are simply boring,
If I must say.
All the things that can come up
Are the same things
That my overly powerful mind
Have already had it planned.

I am,
And I am sure,
An old fellow
That has lived
Twenty lives
In twenty years.

I am old
And wasted.
Love is now
My only aim.
And I shall fight
For any road
That might lead me through
This dark red
Path.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Poesia (18.5)


O Causador de Suspiros

Meus olhos se fecham
Por poucos segundos.
Meu nariz arde
Com o puxar do ar.
Meus pulmões inflam.
Minha boca se rasga
Num sorriso torto
E bobo
E ela vai se rasgando
Até onde as orelhas,
Extasiadas de felicidade,
Ouvem tua voz.

Saber que você é a causa
Dos meus suspiros diários
Deixa tudo quente,
Tudo morno e aconchegante
Nos dias chuvosos.

Você faz meus domingos enegrecidos
Sábados nublados,
Onde o frio que bate na janela
Deixa meu coração estremecido
Ao lembrar do teu sorriso manso
Que coça o olho esquerdo
Quando recebe um elogio meu,
Quando eu te acho
(E tenho certeza, viu?) lindo;
O mais lindo.

Não consigo mais pensar
Em melhor motivo
Para suspirar.