terça-feira, 5 de setembro de 2017

Poesia (26.5)

amanheço

vagarosos
vagarosos
os sons do sol
invadem.

levam o entorpecer
dos sonhos esquecíveis,
deixam as cicatrizes
das melodias do sono.

desvendo as cortinas.
sou rasgado em partículas.

o miado de longe é ouvido.
Nina se revela ao abrir da porta.
minhas pernas se tornam labirinto felino.

desjejum pragmático:
café,
cigarro,
iorgute grego.

a maresia das obrigações
puxa pra fora de casa
meus pés.

o dia claro ou escuro
pouco importa
se meu coração canta comigo.